domingo, 25 de junho de 2023

Vários - Músicas Que Passaram e Quase Ninguém Ouviu - Vol. 2 (2023)

 


Coletânea não lançada comercialmente, criada por João Alfredo de Oliveira, o Mister John Fortal, aniversariante de hoje,  a quem desejamos muitas felicidades.

Tracklist:

01 - Move On Now - Hard-Fi
02 - April Fool - Chalk Circle
03 - Lose Control - D'Sound
04 - Travel - Images In Vogue
05 - On Broadway (Live) - Gary Numan
06 - Holiday In Bangkok - Rational Youth
07 - Edge Of The Ocean - Ivy
08 - Lemon Tree - Fool's Garden
09 - Breathless - Miranda Lee Richards
10 - Super Highways - The Other Two
11 - Turn To Real Life - Shiny Toy Guns
12 - Hai Un Paraiso (Carlos Jean Remix) - Luar Na Lubre
13 - Missione A Bombay - Nicola Conte
14 - God Help The Girl - God Help The Girl
15 - Price Of Love - Client
16 - Girl Like You - Bertine Zetlitz

Format: Flac
Quality: Perfect (Lossless)
Summary Audiochecker: 99,94 % CDDA
Size: 494,5 mb

10 comentários:

Luiz Alberto Gomes (bugrim) disse...

https://drive.google.com/u/1/uc?id=1vBqcaKWqnc91_o5kVRiooX5hOiMHccsU&export=download

ELIEL SILVA disse...

Parabéns, mestre Mister John Fortal! Desejo a você saúde, paz e muita força de vontade para prosseguir nessa busca pela boa música do Brasil e do mundo. Salve!

Mister John Fortal disse...

Caro Luiz!

É com muita alegria e emoção, que eu recebo esse presente maravilhoso no dia do meu aniversário...


Ao completar 5.9 e meu acervo 4.7 quando ganhei o meu primeiro disco (Novela Anjo Mau Nacional), e desde então não parei mais de ganhar e depois comprar, comprar e comprar, minha vida daria livros de volumes imensos das presepadas que fiz, as situações bizarras e até perigosas para resgatar discos que me pediram emprestado (roubaram) e não queriam me devolver. Por incrível que pareça consegui me manter mais ou menos anônimo até o começo desse século, foi quando um doido (já falecido) fez um passeio na avenida “Beira-Mar” daqui de “Fortaleza”, e veio de mala e cuia para cá deixando aquelas “lindas praias cinzentas” de “Santos” e montou a sua loja de discos aqui, quando eu entrei, eu pensei “Que Po... é essa?” , tinha muita coisa que eu procurava em “CD”, pôsteres e livros importados das séries de "Irwin Allen", o boneco "Mug" da minha infância, miniaturas dos "Cenobitas" de "Hellraiser" , uma satisfação que só quem é colecionador conhece, e um mundo de raridades que eu descobri através dele, e eu pensava, como pode, a maioria das pessoas morrer e nunca, escutar isso? Ficamos depois muito amigos, e ele me vendeu quase tudo o que ele tinha na loja e no acervo dele, ele tinha acesso a gravadoras alternativas de países escandinavos, e ele me dizia “João, certamente, só você vai ter isso no país”, quando eu ouvi, mais uma vez, eu pensei e falei também “Que po... é essa?”, e a partir daí meus horizontes musicais começaram a ficar mais livres da ditadura das “FMs” que ficaram horrorosas e daquele som “Alternativo” chato pra “cara...”, de início, eu guardei esses tesouros só para mim, até que eu comecei a criar minhas coletâneas, de início em “Fitas K-7” e depois em “CDs” e comecei a presentear a amigos, e todo mundo foi ficando meio pirado, a ponto de um amigo ter o carro roubado, e só ficar muito “Pu..” com os dois “CDs” que eu dei a ele terem ido embora junto com o carro, que foi achado depois, mas sem os “CDs” , quando ele tirou férias, veio de “Cuiabá” para Fortaleza, e me pediu para gravar os mesmos “CDS”, e cadê que eu tinha o “Tracklist?”, aí ele falou “Que po... é essa João?”, “você não pode ficar guardando isso só para você, e sem deixar anotado”, aí passei a compartilhar muita coisa do meu acervo no “Soulseek”, de lá para cá criei centenas de coletâneas, foi quando descobri o “Blog” do gentil e atencioso “Luiz”, que foi outro divisor de águas em minha vida, pois ele tinha passado dezenas de discos de vinil para “CDs” que eu queria, e passei a pedir a ele muitos discos e ele atendeu a quase todos os meus pedidos, foi quando parei, pensei e disse: Chega! Está na hora de eu retribuir e contribuir com o “Blog”, e quando passei a fazer isso, a satisfação foi imensa, quando somos egoístas é como transar rápido e bêbado, mas quando somos mais generosos, inicia-se um crescimento humano e uma construção de bons sentimentos.
Antes de terminar, eu não poderia deixar de explicar que todas as coletâneas que eu faço são criadas por mim, desde os títulos até a ideia da capa, quase todas as faixas saem do meu acervo, algumas coletâneas já nascem prontas, outras eu passo meses maturando, adicionando uma música por vez, mas as capas são feitas pelo meu querido afilhado “Benezio”, que as vezes fica quase dormindo tentando concretizar o meu abstrato, tentando entender a minha louca sensibilidade (Canceriano, ascendente em câncer), queria avisar ao “Luiz” que estou enviando em breve outros títulos dessa série e outros de uma série similar a essa, mas com raridades nacionais, queria também agradecer a todos que gostam das minhas coletâneas e textos que escrevo, e aos que não gostam também, pois começando por mim e minha autocrítica, me faz pensar: a próxima será a coletânea perfeita.

Mister John Fortal

Fernando disse...

Mister John

Diante desse relato incrível, sinto-me obrigado a fazer o meu, mais modesto, claro. Inicialmente, sou de Santos e gostaria muito de saber o nome desse seu amigo que mudou para Fortaleza, talvez o conheça. Fui um assíduo ouvinte de rádio nos anos 80 e gravava tudo que podia em fitas. Com o tempo, passei a comprar fitas com músicas gravadas de singles 12 polegadas importados de lojas de som locais. Nessa época, não tinha um grande acervo e a vida me fez parar com esse hobby por muitos anos. Quando retornei, no final dos anos 90, fui um usuário feroz do Napster, Audiogalaxy e Soulseek, onde se encontrava praticamente tudo que se procurava e muito mais. Fui um dos primeiros usuários do Brasil de Banda Larga quando morava em São Paulo, imagina a minha felicidade rs. Com o passar dos anos, nunca parei com essa busca interminável da música perfeita e diariamente durante quase 20 anos depois procuro garimpar músicas raras e belas músicas, um prazer insubstituível. Minha playlist pessoal tem 21 mil músicas rs e meu acervo é gigantesco, isso sem considerar as milhares de músicas que descartei. Hoje, a busca continua e pessoas como você e o Luiz contribuem nessa minha jornada espiritual, já que a boa música toca fundo onde os olhos não enxergam. Obrigado pelo relato e por saber que não estou sozinho, apesar de esta ser uma jornada individual e muitas vezes incompreendida. Grande abraço.

Marinaldo Correia disse...

Parabéns para o Mister John, e agradecer pela sua contribuição do seu acervo musical para o blog.

Kalypso disse...

Muito obrigado por compartilhar essa coletânea incrível!
Abraços.
...
Feliz aniversário Mister John Fortal.

Mister John Fortal disse...

Continuando o meu pergaminho de ontem...

Ontem, eu escrevi tanto, que atingi os 4995 caracteres máximos, e tive que cortar muita coisa, por isso resolvi continuar de onde parei, por um lado foi bom, porque ontem eu tinha agradecido em especial somente o “Eliel” sempre simpático e grato com o “Blog”, hoje, eu já tenho mais os agradecimentos especiais ao “Marinaldo”” e “Kalypso” que sempre agradecem ao “Luiz” pelas postagens, o que certamente deixa ele muito feliz, pois um cara que há mais de dez anos compartilha raridades em um “Blog” aberto a todos, sem querer nada em troca, cada agradecimento é a retribuição justa e que ele merece. Abraço caloroso em todos vocês.

Quanto ao “Fernando”, vou ter que escrever bem mais, pois ele é da minha turma, ou seja “Os que gostam de escrever muuuito”, em um tempo em que as pessoas só leem mensagens encaminhadas com no máximo quatro linhas e vídeos só são assistidos na integra até um minuto (Exceto Put...., ou gente se lascando), acima de um minto só com velocidade acelerada, certamente neurocientistas e neurologistas serão os bilionários do futuro, ganhando rios de dinheiro com os tratamentos das sequelas desse comportamento.

Vai continuar...

Mister John Fortal

Mister John Fortal disse...

Caro Fernando!
Antes de qualquer coisa, obrigado pelos elogios e o seu comentário, é sempre bom encontrar um contemporâneo, um eremita, outro ser humano em fase de extinção, pois nós colecionadores, estamos fadados a desaparecer, só vão nos encontrar em fotos, vídeos, hologramas, ou outras tecnologias que venham a surgir. O meu amigo era o famoso para alguns, infelizmente desconhecido da maioria “Johnny Hansen”, vocalista e guitarrista da maravilhosa banda “Harry”, foi um dos caras mais inteligentes que conheci na vida, sacava de tudo, você perguntava, ele respondia, foi meu mentor, “Guru”, um amigo que me ensinou a escutar música, a sacar todos os arranjos, conheci e adquiri centenas de raridades com ele, conhecia música como ninguém, desde a chamada “Clássica”, até a denominada “Brega”, convivi anos com ele e a doce “Ciça”, sua “Yoko Ono” fiel, infelizmente ele se foi cedo, no caso dele, se ele tivesse ido aos 120 anos, ainda seria cedo, pois aquele cérebro era privilegiado, a vida realmente é um devaneio, pois por mais que vivamos muito e mantendo a lucidez, a gente morre e o nosso “HD” chamado cérebro, se vai com milhões de informações e bagagens de vida, mesmo que deixemos centenas de escritos e obras, a maioria vai embora. Certamente nós somos incompreendidos, e cada vez mais seremos, eu tive que ouvir absurdos a minha vida inteira, a afirmação mais recorrente, é que eu era louco, evidentemente o combustível dos que afirmavam isso, se chamava “Inveja”, pois é muito fácil atirar pedras em pessoas que amam e se dedicam a um trabalho por toda vida, “Oscar Wilde” escreveu “Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas não faz mais do que existir”, tive que ouvir absurdos como: “Isso é uma casa, ou uma loja?”, “Você já ouviu, esses milhares de discos?”, “Se fossem milhares de livros valeria a pena”, “Quanto dinheiro você gastou nisso?”, “Quanto, você acha que vale a sua coleção?”, “Isso não tem liquidez, se um dia você for vender, não vai valer nada”, “Porque comprar tantos discos, você vai morrer e não vai levar nada”, até hoje não consigo entender como esses abortos falantes entraram na minha casa, até os 25 anos, eu só chorava, ou ficava mudo, tomei muito porre na vida, e mandei todos tomarem no olho do C., depois dos 25, aprendi a ter as respostas na ponta da língua, já tem um bom tempo que essas almas sem brilho e cor deixaram de andar por aqui, minha tia me consolava dizendo, “meu filho, só se joga pedras em árvores que tem frutos”, minha mãe complementava “meu filho, não deixe nada te assustar, só quem tem valor na sua vida vai ficar, o resto, é só ilusão e passageiro”, e minha avó arrematava, “Meu neto, esse povo, é tudo pá de mexer mer.., não servem pra nada, passam a vida mexendo a pá na merda só pra espalhar a catinga”, essa última lição de vida cai como uma luva para os “haters”, “virguladores” de textos, e muitos críticos de arte, que só gostam do que ninguém gosta, por fim, parabéns pelo seu acervo, felicidades e muitos anos de vida para todos nós colecionadores e admiradores da boa música.

Vai continuar...

Mister John Fortal

Mister John Fortal disse...

Eu já ia me esquecendo, quem quiser me encontrar no “Soulseek”, o meu “nick” é “MisterJohnFortal”, no momento tenho mais de 760.000 músicas, vídeos e filmes compartilhados sem nenhuma regra, sem limites, com velocidade acima de 1000, em poucos minutos vocês baixam dezenas de discos, tenho discografias completas, todos os discos com capas, os discos baixados do meu acervo tem a descrição “By JAS”, e tenho também várias coletâneas criadas por mim, tenho coisas beeem antigas até coisas que sairiam hoje, agora vem a parte ruim, nada é perfeito, tudo em “MP3” 320 “Kbps” (não adianta tentar me converter, em nome da ciência, tentaram, mas não conseguiram), “Flacianos” me desculpem, mas parei no “CD” e no “MP3”, nem para trás como os compradores de “Vinil” de modinha que muitos deles não tem nem onde tocar o disco, também não tenho dinheiro de sobra para comprar um disco de vinil por “R$ 300,00”, com esse valor compro 3 “CDs”, também não entendo os admiradores do som “Mono” (Oi?), assim como abomino a volta ao “Terraplanismo”, também não curto “Gramofones” e “discos de cera”, e nem para frente com os sons “Ultra, super high definition”, onde se ouve o som do ventilador dos estúdios, agulhas caindo e quem soltou um “pum” na sala ao lado, tenho medo das purezas de sons do futuro, quantos “Terabytes” terá uma música?

The End

Mister John Fortal

Fernando disse...

Prezado Mr John

Lembro-me muito bem da banda Harry e de seus componentes, mas sou um pouco mais novo e não tive a chance de conhecê-los, são famosos nos círculos musicais locais. Fico só imaginando a dedicação de um cara como o Hansen para adquirir tanto conhecimento numa época em que o acesso à informação era tão difícil.
Sinto-me um amador perto do seu relato, mas com certeza temos o mesmo dna musical.
Faz anos que não o uso o soulseek. Lembro-me que lá conheci um ex-DJ europeu com um acervo fantástico que, por coincidência do destino, tinha casado com uma brasileira e morava no Guarujá. Fui a sua casa e ficamos amigos até que voltou para a Europa.
Eu nem tento divulgar ou explicar certas coisas para as pessoas, quiçá responder perguntas idiotas, pois tenho a certeza que não entenderão e me olharão de esguelha, sinto a sua angústia mas tenho a certeza de já ter há muito superado.
Tenho pensado em abrir uma web radio sem qualquer intuito comercial e divulgá-la junto aos amigos mais próximos e pessoas como você e o Luís, apenas para colocar à disposição de uns poucos música de verdade.
Até mais..