segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Vários - Vento Norte (1981)

 

Coletânea lançada pela Som Livre, em 1981.

Tracklist:

01 - E Assim Pintou Moçambique - Moraes Moreira
02 - Beira-Mar - Zé Ramalho
03 - Maria Das Mercedes - Djavan
04 - Foi Deus Quem Fez Você - Amelinha
05 - As Rosas Não Falam - Fagner
06 - Eu Só Quero Um Xodó (Ao Vivo) - Gilberto Gil
07 - Banquete De Signos - Elba Ramalho
08 - Assum Preto - Luiz Gonzaga
09 - Viramundo - Maria Bethânia
10 - Sobradinho - Sá & Guarabyra
11 - Canção Nordestina - Geraldo Vandré
12 - Espelho Cristalino - Alceu Valença

Format: Flac
Quality: Perfect (Lossless)
Summary Audiochecker: 100,00 % CDDA
Size: 282,6 mb

Créditos: Arquivos cedidos por Ulysses Wanderley.

14 comentários:

Candido Cesar disse...

Nota dez, Bugrim. Excelente coletânea de nossa incrível MPB.
Muito obrigado por manter nossa cultura em alta.
Obrigado também ao Ulysses Wanderley pela cessão dos arquivos.
Valeu demais.
E viva a boa música!!!!!!

Mister John Fortal disse...

Antes de começar a comentar sobre essa coletânea maravilhosa, eu queria só avisar ao “Luiz” que a música correta do “Zé Ramalho” é a maravilhosa e conhecida “Beira-Mar” e não a maravilhosa e desconhecida “Mary Mar”.

Os “Anos 1970” foi certamente a época em que a nossa música se firmou mundialmente como uma música de extrema qualidade, criatividade e diversidade, pois até os “Anos 1960” era só “Carmen Miranda” e “Bossa Nova”, não é à toa que os discos “Clube da Esquina” de “Milton Nascimento” e os “Novos Mineiros” e “Acabou Chorare” de “Moraes Moreira” e os “Novos Baianos” são considerados os melhores discos da nossa música de todos os tempos e são dessa época, mas foi só mais ou menos a partir de 1977/78 que a nossa “MPB” realmente começou a se tornar “Popular”, até então o que era popular era “Roberto Carlos", “José Augusto”, “Fernando Mendes” e outros, pois a turma da “Tropicália” era muito elitista e o povão não conhecia, imagine subindo aqui pro “Norte”, esse magnífico tempo durou mais ou menos até 1985/86, pois com o crescimento do ótimo “Rock Nacional dos Anos 1980” e a chegada de “Michael Sullivan e Paulo Massadas” deixando de cantar em inglês e compondo para praticamente todo mundo da “MPB” , a nossa música começou a mudar completamente, “Fagner” foi começando a perder o “Cartaz”, “Fafá de Belém” virou uma “Ovelha Desgarrada”. Os falecidos “Gal Costa” e “Tim Maia” começaram a travar uma guerra entre fãs em “Um Dia de Domingo”, uns dizendo que foi “Gal” e outros que foi “Tim” que se destacou mais, a cantora “Simone” começou a deixar nosso “Natal” mais deprimente, sempre nos lembrando que “Então é Natal” e nós não fizemos nada, até o “Ney” vestiu paletó e foi “Pescar Pérolas”, e aí foi “Menudo” cantando em português jogando “Dominó”, ouvindo “Lambada” e “Axé” que chegamos até aqui, sem contar que existia um “numerologista” picareta que nessa época circulava entre as “estrelas” e convenceu “Sandra Sá” a acrescentar um “De” e “Jorge Ben” a virar “Benjor”, os nosso “Medalhões” deixaram de criar discos excelentes e que eram anuais e passaram a vir de dois em dois anos, depois de três, intercalados com “Tributos”, “Acústicos” e discos “Ao Vivo” que só se ouvia mais o “coro” da plateia do que propriamente dos nossos grandes astros.

Somente agora falando do disco em questão, pois “Luiz” também permite desabafos em seu “Blog”, esse disco só tem dois defeitos, o primeiro é o título, pois na verdade deveria ser chamado de “Vento Nordeste”, soa até mais poético e condizente com a capa que mostra só cantores nordestinos com um sol escaldante e provavelmente seco, pois no “Norte” é escaldante e úmido, mas eu dou um desconto, pois na época e até hoje “Norte Americanos” só conheciam “Pelé”, “Garota de Ipanema” e “Buenos Aires”, então, os irmãos “Sulistas” e Sudestinos”, juravam de pé junto que a “Linha do Equador” passava logo acima de “Porto Seguro”, aquele rabo baiano que tirou a possibilidade de esticar “Minas Gerais” até o “Oceano Atlântico” por uma questão política, então da “Bahia” para cima era norte e só tinha seca, a segunda coisa que não gostei foi “Eu Só Quero Um Xodó” “ao vivo”, mas eu também entendo que a “Som Livre" não deve ter conseguido o fonograma com a extinta “Polygram” e resolveu colocar uma gravação do “Festival de Montreux”, fora isso o disco é um primor, é o retrato da excelente música nordestina que se fazia na época, músicas com belíssimas melodias, letras contundentes e pungentes, onde os compositores falavam sobre o amor, encontros e desencontros, sofrimentos, era também um tempo da música denúncia, dos sonhos e de acordar para um “Novo Tempo” melhor e mais justo para todos, mas como a cultura acompanha o tempo e as evoluções ou “Involuções”, a nossa “MPB” de hoje retrata bem o nosso tempo.

Obrigado Luiz e mais uma vez, Feliz Natal a todos.

Mister John Fortal

PR disse...

Obrigado.

Luiz Alberto Gomes (bugrim) disse...

Mister John Fortal,

obrigado pelo aviso.

Já corrigimos.

Luiz Alberto Gomes (bugrim) disse...

Novo link:

https://drive.google.com/u/1/uc?id=1bnsqXwAmzFlWfUfgSiDknuIEgBJWxIom&export=download

Evandro Filho disse...

Bugrim vc tem o LP Sempre Sucesso volumes 1 e 2 lançados em 1988 pela Som Livre?

Gostaria que vc postasse aqui esses discos são bons.

Luiz Alberto Gomes (bugrim) disse...

Evandro Filho,

Não tenho.

Augusto Flávio (Petrolina-Pe) disse...

Mister John Fortal, a gravação de Eu só quero um xodó não é do festival de Montreux, é do disco Refestança de Gil e Rita Lee 1977 Som Livre. No mais tudo que você descreveu está correto, concordo.

Mister John Fortal disse...

Augusto!

Valeu pela correção, eu geralmente só consigo tempo para comentar por aqui depois da meia-noite, é a hora que eu já fiz minhas tarefas, e ontem eu estava bem cansado, assim que eu apertei "publicar comentário", eu percebi que eu tinha errado, e não tinha como voltar atrás, nessa época a "Som Livre" tinha muita gente boa na gravadora, inclusive "Rita Lee", e o "Festival de Montreux" era lançado pela "Warner", como eu também raramente uso corretor ortográfico, também falta, virgula, acento, engulo os plurais, a concordância também sai errada e por aí vai, mas obrigado por ter lido meu texto, e ter gostado, é sempre bom esse espaço para comentar os discos que nos marcaram e estar sempre aprendendo e descobrindo coisas novas ou antigas.

Mister John Fortal

Kalypso disse...

UAU!
Muito obrigado por compartilhar.
Abraços.

Augusto Flávio (Petrolina-Pe) disse...

Não precisa de corretor ortográfico quando a comunicação é clara.

Ricardo Rodrigues de Oliveira disse...

Como é bom frequentar um blog, que tem tudo de bom no discos aqui compartilhados, com a qualidade de sempre do Bugrim, melhor ainda com o conhecimento de nossa MPB do Mister John Fortal e do Augusto Flávio.

Muito obrigado por compartilhar conhecimento.

Arnaldo Rodrigues disse...

Sou um assíduo frequentador do blog. Luiz Alberto faz um trabalho fantástico e esses comentaristas enriquecendo ainda mais as postagens.

Edinhodorio disse...

Excelente postagem, na época o que alavancou as vendes deste LP foi a interpretação fora de série de Fagner em As Rosas Não Falam. Eu trabalha com musica e lembro muito bem foi impressionante na época. Saudades